Irã denuncia sanções unilaterais e busca resposta coletiva de países sancionados
Teerã afirma que sanções ocidentais configuram crimes contra a humanidade e clama por unidade entre nações sancionadas. Araqchi destaca pesquisa que relaciona restrições a um elevado número de mortes anualmente.
Irã classifica sanções dos EUA como "crimes contra a humanidade"
Nesta quarta-feira, 13, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, afirmou que as sanções unilaterais dos Estados Unidos e aliados devem ser reconhecidas como "crimes contra a humanidade". Ele pediu uma resposta unificada entre os países sancionados.
Araqi se baseou em um estudo da revista The Lancet, que aponta que cerca de 500 mil mortes anuais, principalmente de crianças e idosos, são causadas pelas sanções desde a década de 1970. Ele destacou que as sanções são tão letais quanto a guerra.
Histórico das sanções ao Irã:
- Início das sanções após a Revolução Islâmica de 1979.
- Congelamento de ativos e proibição de comércio bilateral pelos EUA.
- Endurecimento das restrições devido ao programa nuclear iraniano.
- Levantamento parcial das sanções em 2015 com o acordo nuclear.
- Retorno das severas sanções em 2018 após a saída dos EUA do pacto nuclear.
- Impacto significativo na economia iraniana e no acesso a bens essenciais.
Cabe destacar que os países europeus deram um ultimato: caso não haja um acordo sobre o programa atômico iraniano, o mecanismo que restabelece automaticamente as sanções internacionais será ativado até o final de agosto.