Irã diz que não abrirá mão de seu programa nuclear se Israel não parar os ataques

Exército israelense atacou dezenas de alvos no Irã, incluindo a Organização de Inovação e Pesquisa Defensiva, acusada de desenvolver armas nucleares.

A mídia iraniana informou que uma planta industrial foi destruída, mas realizava apenas pesquisa de fibra de carbono, não de armamentos nucleares.

O Irã afirmou que não discutirá seu programa nuclear sob ataques israelenses. Enquanto isso, líderes europeus buscam trazer Teerã de volta às negociações, com uma decisão dos EUA prevista para duas semanas.

Os ataques israelenses na semana passada visavam impedir o desenvolvimento nuclear do Irã, que retaliou com mísseis e drones. O Irã insiste que seu programa nuclear é pacífico.

Até o momento, ataques aéreos israelenses resultaram na morte de 639 pessoas no Irã, incluindo militares e cientistas nucleares. Em Israel, ao menos duas dúzias de civis morreram devido aos mísseis iranianos.

Israel tem como alvo instalações nucleares e civis, visando, segundo autoridades, a queda do regime de Ali Khamenei. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu afirmou que o povo iraniano deve lutar pela própria liberdade.

O Irã alegou que Israel atinge civis, danificando cinco hospitais. Conferências com ministros europeus em Genebra buscam acalmar a situação. O Ministro das Relações Exteriores britânico destacou a necessidade de terminar a escalada regional.

Os EUA também estão envolvidos, com o secretário de Estado Marco Rubio discutindo a situação com aliados. No entanto, Abbas Araqchi do Irã reafirmou que não há negociações enquanto os ataques israelenses persistirem.

Presidentes da Rússia e China condenaram Israel e pediram distensão. O presidente dos EUA, Donald Trump, alterna entre ameaças e pedidos de negociações.

No mais recente ataque, um míssil do Irã atingiu Bersheba, causando danos significativos e deixando pelo menos seis feridos. As imagens mostraram a devastação em áreas residenciais e comerciais.