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Irã diz que só negocia programa nuclear com fim de ataques de Israel

Irã reafirma intransigência nas negociações nucleares enquanto Israel continua ataques. Ministro das Relações Exteriores critica agressões e afirma que diálogo só será possível com a cessação das hostilidades.

Irã reafirma recusa em negociar programa nuclear sob ataques de Israel

Na sexta-feira (20.jun.2025), o Irã declarou que não negociará seu programa nuclear enquanto estiver sob ataque de Israel. A afirmação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores Abbas Araqchi durante discurso na ONU, em Genebra.

Araqchi participou de uma rodada diplomática com representantes de Alemanha, França, Reino Unido e União Europeia, que buscou restabelecer o diálogo sobre o programa nuclear iraniano.

Ele também afirmou que "não há espaço para negociações" com os EUA até que a agressão israelense cesse. A Casa Branca anunciou que decidirá sobre a possibilidade de ataque ao Irã nas próximas duas semanas.

No discurso, Araqchi acusou Israel de crimes de guerra por uma agressão "não provocada e injustificada". O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, alertou que o conflito pode “desencadear um incêndio incontrolável” e pediu paz entre as partes.

O Irã é signatário do TNP (Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares), enquanto Israel não confirma nem nega ter armas nucleares. Antes, Washington e Teerã estavam em negociações para um novo acordo nuclear após a saída dos EUA em 2018.

O pacto original permitia ao Irã manter até 300 kg de urânio enriquecido a 3,67% de pureza, considerado adequado para fins civis.

As tensões aumentaram após ataques israelenses a instalações militares e nucleares iranianas, iniciados em 13 de junho. Israel alegou que os ataques foram uma medida de autodefesa contra a ameaça nuclear do Irã.

Após os ataques, o aiatolá Ali Khamenei advertiu que Israel enfrentará "um destino amargo". Em resposta, o Irã lançou mísseis e drones contra o território israelense.

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