Irã e Israel trocam acusações de violação do cessar-fogo
Conflito entre Irã e Israel persiste após declaração de cessar-fogo, com ambos os lados trocando acusações de violações. A comunidade internacional, incluindo a China e a União Europeia, pede uma solução política para a crise em curso.
Irã e Israel trocaram acusações sobre violações do cessar-fogo anunciado por Donald Trump para encerrar 12 dias de guerra.
Israel afirmou que aceitou a trégua e atingiu seus objetivos de impedir a produção de armas nucleares pelo Irã, uma alegação que o país persa nega.
Após o anúncio de Trump, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, relatou o lançamento de dois mísseis iranianos, prometendo uma resposta forte. O Exército iraniano negou os lançamentos e acusou Israel de ataque após a trégua.
Trump afirmou que o cessar-fogo entrou em vigor à meia-noite de Washington, mas antes disso, houve ataques aéreos que resultaram em quatro mortes em Israel e nove no Irã.
O governo israelense foi o primeiro a aceitar oficialmente a trégua e declarou ter “eliminado uma dupla ameaça existencial” do Irã. O Irã, sem confirmar oficialmente a trégua, afirmou ter forçado Israel a aceitar sua derrota.
A China pediu uma solução política para o conflito, enquanto a Arábia Saudita, Rússia e a União Europeia celebraram o cessar-fogo. O presidente francês, Emmanuel Macron, alertou sobre a volatilidade da situação.
Trump ordenou um ataque a várias instalações nucleares do Irã, que, segundo o Pentágono, devastou o programa nuclear. Porém, a AIEA não conseguiu avaliar os danos.
O Irã anunciou ter tomado medidas para a continuidade de seu programa nuclear e ameaçou fechar o Estreito de Ormuz em resposta ao ataque dos EUA.
Na segunda-feira, o Irã atacou a base militar de Al Udeid no Catar. O ataque foi considerado “muito fraco” por Trump, e o governo do Catar denunciou como inaceitável.
A guerra resultou em pelo menos 610 mortos e 4.700 feridos no Irã, enquanto ataques iranianos mataram 28 israelenses.
*Com informações da AFP*