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Irã intensifica posição contra existência de Israel, amplia exigências e complica fala do Brics

A pressão do Irã por mudanças na linguagem do Brics em relação a Israel intensifica as dificuldades nas negociações do grupo. O impacto dos recentes ataques ao país persa e a situação palestina também complicam a busca por um consenso entre os membros.

Conflito no Brics: Ataques de Israel e Estados Unidos ao Irã dificultam o consenso no grupo.

A delegação iraniana no Rio exige uma manifestação mais forte sobre a guerra e a mudança na forma como o bloco se refere a Israel.

O diplomata envolvido nas negociações considera que alcançar uma declaração final ficou mais “difícil”. O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, está a caminho do Rio para participar das conversas.

A posição do Irã contamina a discussão sobre a questão palestina, dado que países como Índia, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita têm laços com Israel e EUA.

Após os bombardeios, o Irã opta por uma linguagem semelhante à que utiliza em sua diplomacia de guerra. Os ataques atingiram não só o programa nuclear, mas também lideranças e unidades das Forças Armadas.

Teerã costuma referir-se a Israel como “inimigo” ou “regime sionista”, e deseja que esse tom seja adotado nas negociações do Brics.

No entanto, há resistência de delegações que rejeitam essa abordagem e até a menção a Israel e EUA.

Pontos pendentes:

  • Pronunciam sobre a questão palestina
  • Abordagem dos ataques ao Irã
  • Reforma do Conselho de Segurança da ONU

O Brasil tenta contornar a disputa africana que impede a menção a candidatos ao Conselho.

Não houve menções ao recente ataque da Rússia à Ucrânia e ao conflito entre Paquistão e Índia.

A declaração principal abordará o tarifaço comercial, sem mencionar Donald Trump, e reforçará a defesa do multilateralismo com convites para entidades combatidas por ele.

O Brics irá ainda publicar comunicados sobre:

  • Financiamento Climático
  • Parceria Para Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas
  • Inteligência Artificial

*Com informações do Estadão Conteúdo

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