Irã pressiona por reação mais dura do Brics contra bombardeio de Israel e EUA
Irã pressiona por declaração mais firme do Brics contra bombardeios dos EUA e Israel. A delegação iraniana busca um apoio explícito na declaração final da cúpula, prevista para os dias 6 e 7 de julho.
Delegação do Irã pressiona o Brics durante reuniões no Rio para uma declaração mais contundente sobre os bombardeios realizados por Estados Unidos e Israel durante um combate aéreo de 12 dias.
Os diplomatas iranianos desejam que a Declaração de Líderes do Rio inclua uma menção clara de apoio, superando a manifestação anterior do bloco.
As discussões ocorrem na reunião de sherpas, que começou em 30 de junho e se estende até o próximo fim de semana, após adiamentos no cronograma.
Teerã exige um pronunciamento mais firme, considerando que a declaração anterior expressou apenas “profunda preocupação”, sem mencionar diretamente os autores dos ataques.
Em contraste, a Declaração de Kazan de 2024 criticou Israel em várias ocasiões, evidenciando um padrão mais forte em declarações passadas. Contudo, a situação tensa envolvendo Israel e EUA complicou as discussões.
O Brasil, que prefere evitar tensões, admite que um tom mais duro não seria um problema, mas alguns países aliadores de Tel Aviv resistem a uma menção explícita.
A demanda iraniana era esperada, principalmente devido ao ataque unilaterial que contraria o direito internacional. O presidente iraniano Masoud Pezeshkian não viajará ao Rio, enviando o chanceler Abbas Araqchi em seu lugar.
A presidência brasileira busca evitar que conflitos como os do Irã, Gaza e Ucrânia atrapalhem as negociações, enquanto a possibilidade de uma declaração conjunta ao final da cúpula continua sendo uma expectativa positiva, apesar das tensões.
O embaixador brasileiro Mauricio Lyrio solicitou agilidade nas negociações, que estão avançando lentamente, com temas mais delicados previstos para discussão na “última hora” antes da chegada dos líderes ao Brasil.