Irã promete vingança após ataques dos EUA e eleva tensão no Oriente Médio
Escalada no conflito entre Irã e EUA aumenta tensões globais, com impactos diretos no preço do petróleo e na segurança da rota do Estreito de Hormuz. Autoridades iranianas prometem retaliação e o governo dos EUA alerta para uma resposta severa a qualquer ataque direto.
Governo do Irã anunciou, em 23 de outubro, que a ofensiva dos EUA contra suas instalações nucleares expandiu os alvos considerados legítimos pelas Forças Armadas iranianas.
O porta-voz do quartel-general Khatam al-Anbiya, Ebrahim Zolfaqari, chamou o presidente Donald Trump de “apostador” e prometeu que Teerã “terminará a guerra que ele começou”.
Essa declaração segue o bombardeio dos EUA a centros nucleares do Irã, utilizando bombas de penetração profunda e mísseis Tomahawk. As usinas de Fordow, Natanz e Isfahan foram atingidas.
Em resposta, o Irã intensificou os ataques a Israel, enquanto o governo israelense também lançou ofensivas aéreas. Desde o início da campanha israelense, mais de 400 mortes foram registradas, a maioria civis.
Os impactos do conflito se estenderam à economia global, com o preço do petróleo subindo quase 6% e atingindo brevemente US$ 80 por barril. Teerã indicou a possibilidade de fechar o Estreito de Hormuz, uma rota vital para o petróleo mundial, mas a decisão depende do Conselho Supremo de Segurança Nacional.
O chanceler iraniano, Abbas Araqchi, afirmou que não haverá retorno à diplomacia até que haja a retaliação adequada. Ele se encontrou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em busca de coordenação estratégica.
O presidente Trump mencionou a possibilidade de mudança de regime no Irã, enquanto o secretário de Defesa declarou que os ataques tinham objetivos “limitados”. Imagens de satélite indicam danos severos na planta de Fordow.
A escalada do conflito gera preocupação sobre ações que possam afetar o fornecimento global de energia. A Casa Branca avisou que qualquer retaliação contra forças americanas será respondida com “forte resposta”.