Irã restringe acesso à internet em meio à guerra com Israel
O Irã impõe novas restrições à internet em meio ao conflito com Israel, dificultando o acesso da população a informações essenciais. O governo justifica a medida como uma forma de proteção contra ciberataques em "condições especiais".
Governo do Irã restringe internet novamente nesta quarta-feira (18), semelhante à medida adotada após ataques israelenses na última sexta-feira (13).
A estratégia é uma ferramenta típica de controle do regime, privando a população de informações vitais em meio ao conflito, que dura seis dias.
Após o ataque surpresa da força aérea israelense, relatos de interrupção de internet começaram a surgir. A agência Tasmin, vinculada à Guarda Revolucionária, informou que o Ministério de Comunicações anunciou “restrições temporárias” devido às “condições especiais” do país.
Analistas apontaram uma queda de 54% na conectividade iraniana no primeiro dia dos ataques. Na sequência, o índice caiu para 49%. Khabar, uma agência de notícias, relatou restrições temporárias para evitar “abusos por parte do inimigo”.
O controle da internet é uma prática do governo iraniano, utilizada em protestos como os de 2019 e 2022. Além disso, autoridades foram orientadas a não usar dispositivos conectados e os cidadãos foram aconselhados a excluir o WhatsApp, alegando prevenção contra ciberataques.