Irã retoma diálogo com europeus sobre programa nuclear em meio a pressão dos EUA
Reunião em Istambul busca avançar nas negociações nucleares entre Irã e EUA, enquanto Teerã enfrenta pressão internacional. Representantes europeus discutem possível reimposição de sanções caso a segurança na região seja ameaçada.
Reunião em Istambul no dia 16 de setembro envolveu o Irã, Alemanha, França e Reino Unido. O objetivo foi discutir o programa nuclear iraniano e as negociações com os EUA.
O encontro aconteceu após Donald Trump pressionar Teerã por uma decisão rápida sobre o tema. Em 2014, um acordo limitou as atividades nucleares do Irã em troca da flexibilização das sanções.
Após o abandono do acordo por Washington, o Irã não cumpriu mais as obrigações e atualmente enriquece urânio a 60%, bem acima do limite de 3,67% definido em 2015.
Trump alertou que o Irã deve agir rapidamente ou enfrentar consequências. O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araqchi, declarou que nada foi recebido e destacou a disposição de Teerã para retomar as conversas se necessário.
Kazem Gharibabadi, vice-ministro iraniano, comentou que as conversas em Istambul abordaram os avanços nas negociações e a possível retirada de sanções.
O governo dos EUA estabeleceu uma reunião paralela focada no programa nuclear e no conflito na Ucrânia. O chanceler Araqchi advertiu contra uma estratégia de confronto europeia.
No final de abril, os países europeus consideraram restabelecer sanções se a segurança europeia fosse ameaçada. O encontro ocorreu após uma quarta rodada de negociações mediadas por Omã.
Trump, em Riad, ofereceu um ramo de oliveira aos líderes iranianos, mas deixou claro que não era uma proposta eterna. Teerã alega que seu programa nuclear é civil e não quer discutir seu programa de mísseis.
Ali Shamkhani, conselheiro do líder supremo, expressou a disposição do Irã em limitar seu enriquecimento para fins civis e permitir inspeções internacionais, em troca da retirada das sanções econômicas.