Irã suspende cooperação com agência atômica da ONU e exige garantias de segurança para cientistas
Irã suspende cooperação com a AIEA, dificultando inspeções em instalações nucleares após ataques dos EUA e Israel. A medida pode agravar as tensões e complicar as negociações nucleares com os ocidentais.
Pelo Irã, presidente Masoud Pezeshkian sanciona suspensão da cooperação com a AIEA.
A nova lei aprovada impede o acesso de inspetores internacionais às principais instalações nucleares iranianas.
Essa medida, que reacende a crise em torno do programa atômico da República Islâmica, foi anunciada após bombardeios pelos Estados Unidos e Israel.
Agora, a AIEA precisará da aprovação do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã para inspecionar qualquer atividade nuclear.
A organização também não poderá verificar a localização do estoque de urânio enriquecido.
A suspensão da cooperação ficará em vigor até que garantias de segurança sejam fornecidas às instalações nucleares iranianas.
O ministro das Relações Exteriores do Irã afirmou que o chefe da AIEA, Rafael Grossi, não é mais bem-vindo no país, devido a críticas sobre sua atuação e uma resolução da AIEA que acusa Teerã de não cumprir obrigações nucleares.
François, Alemanha e Reino Unido condenaram ameaças não especificadas contra Grossi, enquanto a mídia iraniana sugere que ele pode ser um espião de Israel.
A AIEA está ciente da suspensão, mas aguarda informações oficiais do Irã. Inspetores permanecem no país, mas sem poder trabalhar desde o ataque de Israel.
A suspensão pode dificultar as negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos. O presidente Donald Trump mostrou-se aberto ao diálogo, mas Teerã exige compromisso de não novos ataques militares.
Após ataques a instalações nucleares, o Irã respondeu com mísseis e drones que resultaram em mortes em Israel.
A comunidade internacional, incluindo o G7, exige acesso irrestrito da AIEA às instalações nucleares iranianas como condição essencial para solução diplomática.