Irã suspende cooperação com AIEA e bloqueia inspeção após bombardeio em usinas nucleares
Irã suspende colaboração com AIEA após bombardeios dos EUA em suas instalações nucleares. Decisão acontece em meio a tensões sobre enriquecimento de urânio e segurança das plantas afetadas.
Irã suspende colaboração com a AIEA após bombardeios de EUA nas instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan.
Embaixada do Irã em Brasília informou que a resolução foi aprovada pelo Conselho de Guardiões e pelo Parlamento, paralisando a cooperação com a agência das Nações Unidas.
O embaixador iraniano, Abdollah Nekounam, declarou que a suspensão é temporária e permanecerá até que haja segurança para cientistas e centros nucleares.
A AIEA havia solicitado acesso para verificar os danos causados pelos ataques de 21 de outubro, mas o Irã se recusou, dizendo que os EUA haviam agido com apoio da AIEA durante os bombardeios.
Nekounam destacou que a resolução protege o direito iraniano ao enriquecimento de urânio para fins pacíficos, conforme o TNP.
Após os ataques, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que as instalações foram “completamente obliteradas”, enquanto o general Dan Caine disse que houveram danos severos.
Teerã minimizou os danos, mas a AIEA reportou que as centrífugas de Fordow não estão mais operacionais e que houve danos significativos em todas as instalações atingidas.
Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, criticou a AIEA e seu diretor, Rafael Grossi, acusando-o de facilitar a adoção de resoluções politicamente motivadas contra o Irã.
Araghchi afirmou que o Irã tomará medidas para defender seus interesses e soberania.
Rafael Grossi afirmou que os níveis de radiação na região permanecem normais após o conflito.
Com informações do Estadão Conteúdo