Irmã de Milei é alvo de escândalo na Argentina: entenda o caso que abala o governo do país

Escândalo de corrupção na Argentina:

Um escândalo de corrupção resultou na demissão de Diego Spagnuolo, chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), pelo governo de Javier Milei. O caso envolve áudios que supostamente mostram Spagnuolo discutindo subornos na agência.

As gravações sugerem que Karina Milei, irmã do presidente, e Eduardo "Lule" Menem estariam cobrando propinas de indústrias farmacêuticas para garantir contratos governamentais. A voz no áudio afirma que Karina seria a principal beneficiária do esquema, exigindo até 8% do faturamento das farmacêuticas.

Investigações foram iniciadas, e buscas foram realizadas em propriedades relacionadas, resultando na apreensão de celulares e uma máquina de contagem de dinheiro na casa de Spagnuolo. O presidente Milei não comentou diretamente sobre o caso, mas enfrenta um momento crítico com as próximas eleições em vista.

Lule Menem alegou que as gravações são parte de uma "operação política grosseira" do kirchnerismo e houve pedidos de convocação de autoridades para esclarecer o escândalo no Congresso.

Impacto no mercado financeiro:

As investigações afetaram negativamente a imagem internacional da Argentina. O valor dos títulos em dólar caiu, e o peso desvalorizou-se quase 3% em relação ao dólar. Analistas destacam que esse escândalo pode prejudicar a agenda econômica de Milei.

O diretor da consultoria Horizon Engage comentou que o escândalo pode comprometer a capacidade do governo de implementar reformas exigidas pelo mercado, intensificando a percepção de que Milei "não se importa com os fracos".

Um relatório do Bradesco também aponta que o escândalo aumenta os riscos políticos às vésperas das eleições.