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Isenção do IR deve aumentar PIB e inflação em 2026 e pressionar BC a elevar Selic, diz MCM

Medida pode gerar impactos significativos na economia, elevando inflação e exigindo ajustes na taxa de juros pelo Banco Central. Proposta inclui compensações fiscais para garantir a neutralidade da isenção do Imposto de Renda.

Proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês pode impulsionar o PIB em 0,3 p.p. em 2026 e elevar a inflação em 0,4 p.p. em 12 meses, segundo a MCM Consultores.

Os economistas preveem um aumento de 0,7 p.p. na expectativa de inflação para o próximo ano. Para equilibrar os impactos, o Banco Central (BC) precisaria aumentar a Selic em 1,2 p.p..

Atualmente, a expectativa dos analistas é de redução da taxa de juros de 15,00% para 12,50% até o próximo ano. MCM alerta que, se o impacto for confirmado, o BC não poderá reduzir a taxa e precisará ajustar os juros.

A isenção é considerada neutra fiscalmente, mas deve ser compensada por outras medidas de arrecadação. Se a compensação for insuficiente ou demorá-la, o impacto econômico pode ser agravado.

Para 2027, o efeito positivo no PIB é mínimo, com alta de apenas 0,1 p.p., enquanto a inflação pode aumentar 0,8 p.p. e as expectativas em 0,3 p.p..

A isenção resultaria em uma renúncia fiscal de cerca de R$ 27 bilhões a R$ 50 bilhões em 2026, beneficiando até 10 milhões de pessoas.

Para compensar essa isenção, o governo planeja implementar um imposto mínimo para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês, atingindo 10% para rendimentos acima de R$ 1,2 milhão anuais, englobando aproximadamente 140 mil pessoas.

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