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Israel admite falhas, mas não vê indícios de execução em ataque a ambulâncias

Investigação do Exército de Israel revela falhas na ação que resultou na morte de 15 trabalhadores humanitários em Gaza. Laudos apontam disparos na cabeça das vítimas, contradizendo a versão oficial sobre o ataque.

Exército de Israel anunciou no domingo (20) que não encontrou indícios de execução no ataque a uma ambulância em Rafah, Gaza, que deixou 15 trabalhadores humanitários mortos no mês passado.

As forças israelenses assumiram a responsabilidade pelo ataque, afirmando que não foi aleatório e que terroristas do Hamas estavam presentes. Embora tenham negado alguma tentativa de acobertar o caso, admitiram falhas na atuação.

Laudos de autópsia revelaram que as mortes ocorreram por disparos na cabeça. O Exército reconheceu "várias falhas profissionais", com um comandante sendo repreendido e um subcomandante demitido.

No relatório, ficou claro que os soldados acreditavam estar diante de uma ameaça e que um subcomandante ordenou que disparassem contra veículos, que mais tarde foram identificados como ambulâncias e um caminhão de bombeiros.

Militares afirmaram, sem apresentar evidências, que 6 dos 15 socorristas mortos eram terroristas do Hamas, o que foi negado por Munther Abed, um sobrevivente do ataque.

O ataque ocorreu na madrugada do dia 23 de março, enquanto os socorristas tentavam atender vítimas do conflito. Os corpos foram encontrados em uma vala comum em 30 de março.

Um vídeo da agência AFP contradiz a versão de Israel, mostrando ambulâncias sinalizadas sendo alvejadas. O Crescente Vermelho afirmou que o vídeo refuta alegações israelenses de que os veículos estavam em situações suspeitas.

Munther Abed, que estava na ambulância, relatou que foi atacado apesar das luzes ligadas. O ataque aos 15 médicos se tornou o mais mortal em todo o mundo desde 2017.

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