Israel afirma ter atrasado desenvolvimento de bomba atômica pelo Irã
Israel afirma que sua ofensiva atrasou o programa nuclear iraniano, enquanto o Irã descarta retomar negociações com os EUA. A escalada do conflito intensifica as tensões e provoca reações em ambos os lados.
Israel afirmou que atrasou "em pelo menos dois ou três anos" o desenvolvimento de uma bomba atômica pelo Irã. O chanceler, Gideon Sa’ar, declarou ao jornal alemão Bild que os ataques aéreos iniciados em 13 de junho tiveram resultados "muito significativos".
O Irã, que nega as acusações, descartou uma retomada das negociações com os Estados Unidos sobre o programa nuclear antes do fim da ofensiva israelense. O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou que seu último relatório não indica que o Irã esteja desenvolvendo armas nucleares.
Após o início dos ataques israelenses, as conversas para um novo acordo nuclear, que visava garantir a natureza civil do programa em troca de sanções, foram interrompidas.
Chanceleres europeus buscaram uma solução diplomática em reunião com o Irã, afirmando que "o Irã está disposto a reconsiderar a diplomacia assim que a agressão cessar". O chanceler francês, Jean-Noël Barrot, alertou que a via militar não oferece uma solução definitiva.
No oitavo dia de conflito, sirenes de alerta foram acionadas em Israel após disparos de mísseis iranianos. O Exército israelense bombardeou lançadores de mísseis no Irã, reportando feridos no Hospital Rambam de Haifa.
O Exército de Israel anunciou ataques a "infraestruturas de armazenamento e lançamento de mísseis". O Guardiões da Revolução iranianos reivindicaram ataques a centros militares e bases israelenses.
Em Teerã, manifestações contra Israel e os EUA ocorreram, com bandeiras queimadas e o comércio quase fechado.
Com informações da AFP