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Israel anuncia pausa tática em partes de Gaza em meio a críticas internacionais por crise de fome

Israel implementa pausas diárias nas operações militares para facilitar a entrada de ajuda humanitária em Gaza, enquanto a fome e a desnutrição aumentam. A medida ocorre sob crescente pressão internacional e críticas ao manejo da crise humanitária na região.

Israel anuncia "pausa tática" em operações militares na Faixa de Gaza, permitindo 10 horas diárias para entrega de ajuda humanitária nas áreas de Cidade de Gaza, Deir al-Balah e al-Mawasi.

A medida ocorre sob crescente pressão internacional devido à crise humanitária, com a ONU reportando que pelo menos 128 pessoas, incluindo crianças, já morreram de inanição.

Segundo o Programa Mundial de Alimentos, 90 mil mulheres e crianças necessitam urgentemente de tratamento para desnutrição; enquanto um terço da população passa dias sem se alimentar.

Imagens chocantes de crianças desnutridas provocaram críticas até entre aliados de Israel, gerando apelos por um cessar-fogo. O diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza, Muneer al-Boursh, alertou que "cada atraso é medido por mais um funeral".

A pausa humanitária surge após tentativas de cessar-fogo falharem e novas exigências de Israel para que o Hamas se renda. O governo israelense mantém que a ajuda humanitária não interromperá sua ofensiva militar em outras áreas de Gaza.

Desde o fim do último cessar-fogo em março, Israel bloqueou a entrada de suprimentos, mas, sob pressão, permitiu a entrada de apenas 69 veículos diários — bem abaixo do necessário.

A situação é crítica, com a ONU afirmando que Israel está deliberadamente causando fome. Israel rejeita essas alegações, acusando o Hamas de roubar ajuda humanitária. O Exército revelou que relançará ajuda aérea, tida como ineficaz.

Além disso, corredores humanitários serão estabelecidos, mas Israel critica a ONU por não distribuir a ajuda acumulada.

Enquanto isso, o Reino Unido e os Emirados Árabes Unidos anunciam envios de ajuda a Gaza, mas líderes da ONU alertam que essas medidas não resolvem a crise, pedindo um acesso seguro e dignidade para o povo de Gaza.

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