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Israel anuncia plano para “enterrar ideia de Estado palestino”

Retomada das obras em Ma’ale Adumim é vista como um passo decisivo para a fragmentação da Cisjordânia. A comunidade internacional clama por uma reversão do plano, temendo o fim das negociações pela paz na região.

Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, anuncia retomada das obras de assentamento em Ma’ale Adumim, que pode dividir o território palestino na Cisjordânia.

No dia 14 de agosto de 2025, Smotrich afirmou que o projeto “enterra a ideia de um Estado palestino”. Ele mencionou a concordância do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e do presidente dos EUA, Donald Trump, quanto à construção da “zona E1”.

Smotrich declarou: “Quem quer que esteja tentando reconhecer um Estado palestino hoje receberá nossa resposta em campo... com fatos sobre casas e bairros”.

O plano prevê a construção de 3.000 casas para colonos israelenses em uma área perto de Jerusalém Oriental, que os palestinos consideram sua capital.

A ONU e o governo palestino condenaram a decisão, classificando-a como ilegal e uma ameaça à paz na região.

O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que a construção do assentamento pôria fim às perspectivas de uma solução de dois Estados, e que tais ações são contrárias ao direito internacional.

Os planos de construção haviam sido congelados em 2012 e novamente em 2020 devido a críticas internacionais.

O porta-voz da Autoridade Palestina, Nabil Abu Rudeineh, pediu aos EUA que pressionem Israel a parar os assentamentos.

A União Europeia e o ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, também se opuseram ao plano, acusando-o de violar o direito internacional e fragmentar o possível Estado palestino.

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