Israel aprova plano para ampliar campanha militar e ocupação do território na Faixa de Gaza
Israel aprova plano de expansão militar na Faixa de Gaza, convocando reservistas para reforçar as operações. O foco será a ocupação do território, enquanto autoridades discutem a distribuição de alimentos sem a intervenção de agências humanitárias.
Ministros israelenses aprovaram um plano para expandir operações militares e a ocupação na Faixa de Gaza, convocando dezenas de milhares de soldados reservistas.
Este plano, conforme informado por uma autoridade israelense ao The Washington Post, foi discutido pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, que destacou a nova ênfase na ocupação do enclave palestino, em vez de ataques.
O chefe do Estado-Maior do Exército de Israel afirmou que o plano permitirá “ataques mais fortes” contra o Hamas e ajudará na recuperação dos reféns.
A proposta, que representa uma escalada significativa no conflito e ocorre após um cessar-fogo temporário, previne uma ocupação completa, mas poderá deslocar a população civil para o sul de Gaza.
Com aproximadamente 70% do território em “zona vermelha” militar, muitos palestinos foram forçados a deixar suas casas.
O plano é relacionado à operação militar iniciada após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 e considera que mais 59 reféns judeus estão em Gaza, com 35 mortos.
O Hamas, por sua vez, ofereceu libertar todos os reféns em troca de uma trégua de cinco anos, proposta rejeitada por Israel.
Os ministros também aprovaram a reformulação da distribuição de alimentos em Gaza, propondo uma entrega direta sem agências humanitárias, o que pode violar regras de ajuda humanitária, segundo a ONU.
Somente um ministro, Itamar Ben-Gvir, se opôs, defendendo que a ajuda a Gaza deveria ser apenas para migração voluntária.
Como resposta aos planos israelenses, os Houthi do Iémen lançaram um míssil perto do Aeroporto Ben Gurion, ferindo seis pessoas e interrompendo o tráfego aéreo. Netanyahu prometeu retaliações.