Israel aprova plano para assumir controle da Cidade de Gaza
Israel aprova plano para controlar Cidade de Gaza enquanto críticas aumentam. Exército se prepara para ofensiva e reitera necessidade de evacuação de civis antes de ações militares.
Israel aprova plano para controlar a Cidade de Gaza
O gabinete político e de segurança de Israel decidiu, nesta sexta-feira, 8, ampliar a operação militar no enclave palestino da Cidade de Gaza, apesar das críticas internas e internacionais.
A medida, pressionada pela ala direitista da coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, visa erradicar o grupo Hamas. A Cidade de Gaza é o maior centro urbano do território, com áreas administrativas e comerciais.
O Exército israelense alertou que uma ofensiva total poderia riscar a vida de 50 reféns mantidos na Faixa de Gaza, dos quais apenas 20 estariam vivos.
Netanyahu afirmou que as Forças de Defesa de Israel se prepararão para controlar a Cidade de Gaza e oferecerá ajuda humanitária fora das zonas de combate. O plano inclui a evacuação de civis palestinos antes da ofensiva terrestre.
A decisão ocorre após fracassos em tentativas de cessar-fogo e aumenta a pressão internacional, especialmente após imagens de crianças palestinas em situação de fome.
O primeiro-ministro britânico Keir Starmer e a Austrália manifestaram oposição ao plano, que Netanyahu descreveu como a intenção de ocupar Gaza e transferir a administração para forças árabes, sem especificar quais países.
Críticas internas surgiram, destacando que a decisão pode ser uma "sentença de morte" para os sequestrados. O chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, se opôs à ampliação da campanha militar em uma reunião tensa.
Hamas condenou as declarações de Netanyahu, afirmando que a administração de Gaza seria considerada ocupação. Países árabes, como a Jordânia, reforçaram que a segurança deve ser controlada por instituições palestinas legítimas.
A duração da possível ocupação é incerta, com cenários que incluem uma tomada gradual das áreas ainda fora do controle israelense. As negociações por reféns e cessar-fogo estão paralisadas desde julho.