Israel aprova projeto para dividir Cisjordânia e Jerusalém Oriental
A aprovação do projeto E1 marca uma nova fase na política israelense, aumentando as tensões com a Autoridade Palestina e colocando em risco a possibilidade de uma solução pacífica. Críticas internacionais ressaltam que essa expansão de assentamentos viola o direito internacional e compromete a viabilidade da paz na região.
Israel aprova plano para dividir a Cisjordânia
O plano de Israel para dividir a Cisjordânia e isolar Jerusalém Oriental foi aprovado em 20 de setembro pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.
O projeto, denominado E1, prevê a construção de aproximadamente 3.400 unidades habitacionais na região.
Essa medida é considerada um divisor de águas no conflito, pois pode comprometer a viabilidade da solução de dois Estados entre Israel e Palestina.
A área do E1 é estratégica, pois, ao ser ocupada por assentamentos israelenses, separa a Cisjordânia em dois blocos desconectados e isola Jerusalém Oriental das comunidades palestinas.
O anúncio gerou condenação da Autoridade Palestina e críticas de governos europeus. Um porta-voz alemão reforçou que a expansão de assentamentos israelenses viola o direito internacional e dificulta a paz.
Smotrich celebrou a decisão como cumprimento de uma promessa política, afirmando que "o Estado palestino está sendo retirado da mesa".
Embora o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não tenha comentado diretamente, ele já manifestou sua intenção de impedir a criação de um Estado palestino.
Organizações como a ONG Peace Now alertam que as obras de infraestrutura do E1 podem começar em poucos meses e as construções em até um ano.
A retomada do projeto, anteriormente congelado sob pressão dos Estados Unidos e da União Europeia, pode ser um obstáculo crítico para futuros acordos de paz.