HOME FEEDBACK

Israel avança com "saída voluntária" de palestinos de Gaza e destituição da procuradora-geral

Governo israelense avança em medidas da extrema direita com foco na saída de palestinos de Gaza e no enfraquecimento do Judiciário. A situação interna se agrava com a aprovação de um voto de desconfiança contra a procuradora-geral, em meio a uma ofensiva militar na região.

Israel avança com medidas da extrema direita neste domingo, incluindo a criação de uma estrutura para promover a "saída voluntária" de palestinos da Faixa de Gaza. A iniciativa é vista como parte do plano sugerido por Donald Trump para "limpeza" do enclave.

O ministro da Defesa, Israel Katz, apresentou o plano, que propõe enviar palestinos a um "terceiro país" com a ajuda de organizações internacionais. A ideia, embora sustentada por setores da extrema direita, era até então marginal.

A ONG Paz Agora denunciou a proposta como uma "mancha indelével no Estado israelense" e um reconhecimento de crimes de guerra.

Internamente, o Gabinete de ministros aprovou um voto de desconfiança contra a procuradora-geral, Gali Baharav-Miara, após ela criticar a demissão do diretor do Shin Bet. Essa ação é parte de uma tentativa de concentração de poder pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

Netanyahu enfrenta crescente pressão da sociedade civil e investigações sobre acusações de suborno e fraude. O governo, elogiado por seu líder extremista Itamar Ben Gvir, também aprovou a remoção da procuradora geral, algo sem precedentes.

No campo de batalha, Israel lançou uma ofensiva em Rafah e realizou ataques adicionais no Líbano, respondendo a lançamentos de foguetes contra seu território.

Esse cenário se forma em um contexto de crescente radicalização e descontentamento civil, enquanto Netanyahu busca apoio de aliados mais radicais em sua coalizão.

Leia mais em exame