Israel bombardeia hospital no sul da Faixa de Gaza
Israel admite bombardeio a hospital em Gaza, resultando na morte de jornalista. O Exército fundamenta a ação como um ataque a atividades do Hamas, enquanto a crise humanitária na região se agrava.
Exército de Israel admite bombardeio em hospital na Faixa de Gaza
Nesta terça-feira (13), o Exército de Israel reconheceu ter bombardeado o hospital Naser, alegando uso do local pelo Hamas para "atividades terroristas". Um jornalista, internado desde abril, morreu durante a ofensiva em Khan Yunis.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, relatou que outra pessoa também morreu e várias foram feridas. O jornalista, *Hasan Aslih*, era diretor do canal *Alam24* e foi atingido enquanto estava internado após uma explosão anterior.
O ataque ocorreu após uma pausa nos bombardeios, no dia em que o Hamas libertou Edan Alexander, o último refém americano em Gaza. Imagens mostram fumaça do hospital, com resgatistas procurando em escombros. Um funcionário de saúde denunciou a falta de distinção entre civis e combatentes nos ataques israelenses.
Israel justificou o ataque, alegando que Aslih era um agente do Hamas disfarçado de jornalista, supostamente envolvido no ataque de 7 de outubro. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas condenou a ação militar.
Um levantamento do IPC revelou que cerca de 500 mil pessoas em Gaza enfrentam fome, com risco crescente até setembro, afetando a população de 2,1 milhões. O presidente Isaac Herzog pediu ajuda internacional para distribuir auxílio à população, excluindo o Hamas.
Israel isolou Gaza em março, após retomar sua campanha militar contra o Hamas. O governo israelense alega que a fome não ocorreu devido à entrada de ajuda, responsabilizando o Hamas pelo desvio de suprimentos. No entanto, o IPC alertou que as medidas de Israel são insuficientes para atender às necessidades básicas.
De acordo com o Ministério da Saúde, a resposta militar israelense a um ataque do Hamas resultou em 52.862 mortos em Gaza, a maioria civis, seguindo as informações confiáveis da ONU.