Israel e Hamas se acusam mutuamente de sabotar negociações para trégua em Gaza
Negociações para cessar-fogo em Gaza enfrentam impasses e trocas de acusações entre Israel e Hamas. Situação humanitária se agrava com a escassez de combustível e aumento das mortes em ataques israelenses.
Israel e Hamas se acusam de obstruir negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Mais de 20 palestinos morreram em ataques israelenses, conforme a Defesa Civil local.
As delegações começaram a negociar em Doha no domingo passado, após o ataque do Hamas em 7 de outubro. Ambos os lados indicaram que dez reféns poderiam ser liberados se um acordo de cessar-fogo de 60 dias fosse estabelecido.
Uma fonte palestina revelou que as negociações enfrentam "obstáculos complexos", principalmente pela recusa de Israel de se retirar de Gaza, mantendo forças em mais de 40% do território.
Um político israelense acusou o Hamas de se recusar a fazer concessões, enquanto as agências da ONU alertaram sobre a escassez de combustível, que poderia levar à inanição da população.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, reafirmou objetivos de libertar reféns, destruir o Hamas e assumir o controle da região. O Hamas exige a retirada das forças israelenses antes de 2025.
Recentemente, relataram-se "avanços" em temas de ajuda humanitária e troca de reféns, com 49 sequestrados permanecendo em Gaza. No entanto, Israel condiciona um cessar-fogo permanente ao desarmamento do Hamas.
Enquanto as negociações prosseguem, o Exército israelense continuou os ataques, com mais de 20 mortos em bombardeios recentes. O Exército afirma ter atingido cerca de 250 alvos terroristas nas últimas 48 horas.
A contagem de vítimas desde o ataque de outubro indica 1.219 mortes israelenses e pelo menos 57.882 palestinos, com a maioria sendo civis, segundo a ONU.