Israel e Hamas se reúnem neste domingo no Qatar para negociar cessar-fogo em Gaza
Negociações buscam um cessar-fogo na Faixa de Gaza em meio à crescente pressão pública sobre Netanyahu. A delegação do Hamas se mostra aberta ao diálogo, mas desafios em torno de garantias humanitárias e a questão dos reféns permanecem.
Delegações de Israel e do Hamas se reúnem neste domingo (6) no Qatar para discutir um possível cessar-fogo na Faixa de Gaza, incluindo a libertação de reféns.
A pressão sobre o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu para garantir um cessar-fogo permanente tem aumentado, tanto nacional quanto internacionalmente. Embora alguns membros de sua coalizão de direita contestem a medida, outros, como o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, a apoiam.
O Hamas afirmou ter respondido de forma "positiva" a uma proposta de cessar-fogo dos EUA, após Trump afirmar que Israel aceitou as condições para uma trégua de 60 dias. No entanto, permanecem preocupações sobre a ajuda humanitária e o cronograma para a retirada de tropas israelenses.
O gabinete de Netanyahu declarou que as alterações propostas pelo Hamas "não são aceitáveis", mas a delegação israelense ainda viajará ao Qatar para discutir o retorno dos reféns.
A delegação do Hamas, liderada por Khalil al Hayya, já está em Doha. Netanyahu, que se reunirá com Trump na segunda-feira (7), reiterou a necessidade de desarmar o Hamas, uma condição que o grupo não considerou.
Na noite de sábado, houve protestos em Tel Aviv, onde manifestantes pediram um cessar-fogo e a devolução de aproximadamente 50 reféns ainda mantidos em Gaza. Familiares expressaram preocupação com a possibilidade de um acordo parcial.
O conflito, que começou em 7 de outubro de 2023, foi desencadeado por um ataque do Hamas que resultou em 1.200 mortes e 251 reféns israelenses. A reação militar israelense causou mais de 57 mil mortes entre os palestinos e uma grave crise humanitária.
Acredita-se que cerca de 20 dos reféns ainda estejam vivos, com a maioria dos originais sendo libertados por negociações diplomáticas.