Israel envia negociadores ao Catar mesmo com exigências 'inaceitáveis' do Hamas, diz Netanyahu
Conversações em Doha buscam um consenso entre Israel e Hamas sobre cessar-fogo e libertação de reféns. Apesar das negociações, Israel considera alterações propostas pelo Hamas como "inaceitáveis".
Israel aceitou participar de conversações indiretas com o Hamas neste domingo sobre a proposta de cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns. Porém, o Gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu considera "inaceitáveis" as mudanças sugeridas pelo Hamas.
A proposta inicial envolve uma trégua de 60 dias e a libertação de 10 reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel. Das 251 pessoas sequestradas em 7 de outubro, 49 ainda estão em cativeiro, com 27 já declaradas mortas pelo Exército israelense.
Na sexta-feira, o Hamas declarou ter dado uma "resposta positiva", mas solicitou alterações, como um mecanismo melhorado para a retirada das tropas israelenses e garantias contra novas hostilidades.
A nova rodada de negociações em Doha foi confirmada por uma fonte palestina, com a delegação do Hamas já presente na capital do Catar.
Os negociadores israelenses também chegaram a Doha para avançar nas discussões sobre a recuperação dos reféns. O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou apoio à trégua e afirmou que um acordo poderia ser alcançado na próxima semana.
Netanyahu se reuniu com o presidente israelense, Isaac Herzog, destacando a missão de trazer todos os reféns para casa. O Fórum das Famílias dos Reféns pediu um "acordo global" para a libertação de todos os sequestrados.
Enquanto isso, em Gaza, 14 palestinos morreram em bombardeios israelenses neste domingo, elevando a contagem total de mortos palestinos para mais de 57.400 desde o início da ofensiva israelense. O ataque do Hamas em 7 de outubro causou a morte de 1.219 pessoas em Israel, a maioria civis.