Israel força deslocamento de milhares de palestinos no norte da Faixa de Gaza
Centenas de milhares de palestinos enfrentam uma nova onda de deslocamento enquanto Israel intensifica seus ataques. A situação humanitária se agrava, com áreas já superlotadas se tornando perigosas devido aos ataques militares.
Dezenas de milhares de palestinos estão fugindo do norte da Faixa de Gaza devido à intensificação dos ataques israelenses à véspera de possíveis negociações de cessar-fogo na Casa Branca.
O porta-voz do Exército de Israel, Avichay Adraee, afirmou que as operações militares se estenderiam para o centro da cidade, solicitando a evacuação para al-Mawasi.
Tanques israelenses atingiram o bairro de Zeitoun e aeronaves bombardearam escolas, resultando em 58 mortes nesta segunda-feira. Israel argumenta que suas ações visam "destruir capacidades de organizações terroristas".
A área de al-Mawasi já está superlotada, com 684 mil deslocados desde o fim da trégua em março. A percepção de segurança é ilusão, com 82,6% da Faixa de Gaza agora em zonas militarizadas.
Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que um acordo para a guerra pode ser alcançado nesta semana, propondo um cessar-fogo de 60 dias e a libertação de prisioneiros.
O ministro israelense Gideon Saar concordou em discutir a proposta, enquanto um membro do Hamas destacou que o progresso depende do desarmamento.
Não há data definida para novas negociações, embora as expectativas aumentem com a visita do ministro Ron Dermer à Casa Branca.
A ministra da Áustria, Beate Meinl-Reisinger, expressou preocupação com a situação humanitária, pedindo um cessar-fogo e a libertação de sequestrados.
A guerra até agora causou mais de 56 mil mortes palestinas, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.