Israel inicia ofensiva para tomar controle da Cidade de Gaza: o que se sabe até agora
Israel intensifica sua ofensiva terrestre em Gaza, visando capturar áreas controladas pelo Hamas. A situação humanitária se agrava, com apelos de organismos internacionais para um cessar-fogo e assistência à população civil.
Forças israelenses iniciam ofensiva terrestre na Cidade de Gaza, anunciando controle nas áreas ao redor. O porta-voz militar informou que tropas já atuam nas regiões de Zeitoun e Jabalia.
O plano, aprovado pelo ministro da Defesa, Israel Katz, será submetido ao gabinete de segurança ainda esta semana. Aproximadamente 60.000 reservistas serão convocados para o início de setembro.
O Hamas acusa Israel de bloquear acordos de cessar-fogo, enquanto centenas de milhares de palestinos em Gaza deverão evacuar para abrigos no sul. A França e outros países condenaram a ofensiva, com o presidente Emmanuel Macron afirmando que pode levar a um "desastre" para ambos os povos.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha alerta que a intensificação do conflito pode agravar a situação humanitária em Gaza, onde 2,1 milhões de pessoas vivem. O governo israelense busca conquistar a Faixa de Gaza após fracassos em negociações com o Hamas.
O brigadeiro-general Effie Defrin declarou que o Hamas está "ferido" após 22 meses de guerra e que as operações visam "minimizar danos aos civis", com avisos para evacuação.
Em ataques recentes, pelo menos 25 palestinos foram mortos, incluindo crianças. O exército israelense também se preocupa com os 50 reféns mantidos pelo Hamas, com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha pedindo um cessar-fogo imediato e acesso a ajuda humanitária.
Mediadores do Catar e do Egito tentam um acordo de cessar-fogo; o Hamas afirma que aceitou uma nova proposta de trégua de 60 dias. Israel ainda não respondeu formalmente, reiterando que não aceitará acordos parciais.
A ofensiva começou em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou em 1.200 mortes e 251 reféns no sul de Israel. Desde então, 62.122 pessoas foram mortas em Gaza, conforme o Ministério da Saúde palestino.