Israel mobiliza tecnologia de ponta na guerra em Gaza
A utilização de bulldozers teleguiados pelas forças israelenses marca uma nova era na guerra moderna, almejando reduzir riscos para soldados em missões de combate. No entanto, a aplicação crescente de tecnologias avançadas levanta questões éticas e jurídicas em meio ao acirrado conflito em Gaza.
Bulldozer teleguiado em Tel Aviv é operado remotamente de uma feira nos EUA, demonstrando avanços tecnológicos do Exército israelense.
O equipamento, conhecido como "robdozer", é utilizado em missões de engenharia de combate, diminuindo riscos para os soldados. O diretor da Israel Aerospace Industries, que projetou o aparelho, afirma que ele executa tarefas com maior eficácia do que humanos.
A utilização crescente de tecnologia avançada, incluindo sistemas de proteção e Inteligência Artificial, tem gerado debates éticos e jurídicos. Tal Mimran, da Universidade Hebraica, ressalta que as leis de guerra não foram atualizadas para considerar novos avanços tecnológicos.
A Human Rights Watch destaca o uso de dados incompletos nas decisões militares, o que pode resultar em danos civis. Desde o início do conflito em outubro de 2023, cerca de 51.000 pessoas, principalmente civis, morreram na Faixa de Gaza.
Fontes militares afirmam que o uso de ferramentas robotizadas aumentou significativamente em conflitos recentes, mudando o paradigma da guerra. O ex-oficial Andrew Fox e o presidente John Spencer veem isso como um avanço essencial no campo militar.
No entanto, a tecnologia apresenta desvantagens. Tal Mimran alerta que a ausência de patrulhamento humano pode permitir infiltrações, exemplificando a falha no sistema durante os ataques do Hamas em outubro.
Sobretudo, há um consenso de que, apesar das inovações, a presença humana continua sendo vital para lidar com situações imprevistas.