Israel promete seguir com ofensiva na Faixa de Gaza após bombardeios mais violentos desde o início da trégua

Israel mantém ofensiva em Gaza após bombardeios que provocaram mais de 400 mortos. Os ataques, os mais intensos desde a trégua com o Hamas, ameaçam as negociações de cessar-fogo iniciadas em 19 de janeiro.

Um dirigente do Hamas afirmou que o grupo cumpriu o acordo, mas Israel renegou compromissos ao retomar a agressão. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é acusado de sacrificar os reféns ao reiniciar a guerra, após o ataque do Hamas em 7 de outubro.

Os bombardeios mataram líderes do Hamas, incluindo Essam al Dalis. O Ministério da Saúde de Gaza reporta 413 mortes, e o governo israelense responsabiliza o Hamas pela recusa em libertar reféns.

Netanyahu planeja demitir o diretor da agência de segurança interna Shin Bet e o partido de extrema direita Poder Judeu retornará à coalizão de governo. O ministro da Defesa prometeu que a luta continuará até o retorno de todos os reféns.

O ataque do Hamas em outubro matou 1.218 pessoas em Israel, e 251 pessoas foram sequestradas, com 58 ainda em cativeiro. Israel promete "aniquilar" o Hamas, enquanto os bombardeios resultaram em mais de 48.500 mortos em Gaza, segundo o Hamas.

Parentes de reféns pedem para que Netanyahu “pare de matar” seus entes, enquanto a Casa Branca confirmou consultas antes dos ataques. O Hamas responsabiliza os EUA pelos “massacres” em Gaza.

O Exército israelense ordenou que moradores de Gaza abandonassem as zonas de fronteira. O Irã e outros países condenam os bombardeios, enquanto a presidência palestina pede ação internacional para interromper a agressão.

A trégua havia suspendido os combates depois de 15 meses de conflito, mas as negociações para a segunda fase estão estagnadas, com Israel pedindo a desmilitarização de Gaza.

*Com informações da AFP

Publicado por Victor Oliveira