Israel tem bomba atômica? Por que país não assinou tratado contra proliferação de armas nucleares
O programa nuclear de Israel gera tensões regionais e desconfianças internacionais, especialmente em meio ao aumento da hostilidade entre o país e o Irã. A ambiguidade sobre suas capacidades nucleares levanta preocupações sobre a segurança e a estabilidade no Oriente Médio.
Conflito Israel-Irã e Programa Nuclear: A escalada recente do conflito entre Israel e Irã reacendeu a atenção ao programa nuclear israelense. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu justificou os ataques ao Irã como forma de impedir a construção de armas nucleares.
Netanyahu alertou que "se não for impedido, o Irã poderá produzir uma arma nuclear em muito pouco tempo". O Irã nega essa intenção e afirma que seu programa de enriquecimento de urânio é pacífico.
Israel não confirma nem nega a posse de armas nucleares, adotando uma política de ambiguidade. Especialistas acreditam que Israel é considerado um dos nove países com armas nucleares, possuindo cerca de 90 armas, segundo a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN).
Israel é também estimado para ter material físsil suficiente para cerca de 200 armas. A falta de transparência dificulta o entendimento completo do arsenal nuclear israelense, que pode ser lançado via mísseis, submarinos e aeronaves.
A origem do programa remonta à década de 1950 e é associado à lembrança do Holocausto. Especialistas destacam que líderes israelenses viam a capacidade nuclear como um modo de garantir a segurança do país.
Israel, um dos poucos países fora do Tratado de Não Proliferação (TNP), não assina o acordo que visa prevenir a proliferação pois considera seu programa nuclear uma garantia contra ameaças regionais.
Desconfiança na Região: O governo israelense enfrenta críticas pela falta de transparência e é acusado de hipocrisia por impedir que outros países desenvolvam armas nucleares. O apoio tácito dos EUA ao programa nuclear de Israel gerou tensões e encorajou outros países da região a contemplarem o desenvolvimento nuclear.
Essa dinâmica traz riscos de proliferação na região e aumenta a desconfiança entre países vizinhos, que buscam equilíbrio de poder.