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Israel tem bomba atômica? Por que país não assinou tratado contra proliferação de armas nucleares

Conflito recente entre Israel e Irã levanta questões sobre o controle do programa nuclear israelense. Especialistas destacam a ambiguidade da posição de Israel em relação a suas armas nucleares e suas implicações na segurança regional.

Conflito Israel-Irã e Programa Nuclear de Israel

A escalada do conflito entre Israel e Irã trouxe à tona o programa nuclear israelense.

O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu justificou ataques a Teerã como forma de impedir que o Irã desenvolva armas nucleares, afirmando: "Se não for impedido, o Irã poderá produzir uma arma nuclear em muito pouco tempo."

Enquanto isso, o Irã nega que busque armas nucleares, alegando que seu programa de enriquecimento de urânio é para fins pacíficos.

Israel não confirma nem nega possuir armas nucleares. Segundo John Erath do Centro para o Controle de Armas e Não Proliferação, "eles nunca declararam ter capacidade de armas nucleares" e mantêm uma política de ambiguidade.

Estima-se que Israel possua cerca de 90 armas nucleares. Esta informação é corroborada por organizações como a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (Ican).

Israel também teria material físsil suficiente para até 200 armas, mas o sigilo dificulta avaliações precisas. Especialistas sugerem que o país pode lançar armas nucleares via mísseis, submarinos e aeronaves.

  • O total de ogivas nucleares entre os nove países armados é de cerca de 12.300.
  • A posse de armas nucleares por Israel é vista como um compromisso de segurança desde a década de 1950.
  • Em 2023, autoridades israelenses insinuaram o uso de armas nucleares contra a Palestina.

O Tratado de Não Proliferação (TNP) foi assinado por 190 países, mas Israel, Índia e Paquistão não são signatários, o que gerou críticas sobre sua postura em relação à não proliferação.

O sigilo e a ausência de assinatura do TNP foram considerados por alguns como fatores que podem incentivar programas nucleares em outros países da região, aumentando a tensão na política nuclear.

Para Miller, especialista em proliferação: "não há dúvida de que o programa nuclear de Israel estimulou outros países a iniciar seus próprios programas".

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