Israel usa servidores da Microsoft na Europa para aumentar vigilância de palestinos, afirma jornal
Investigação revela que a Microsoft apoiou Unidades de vigilância israelenses na coleta de dados de palestinos. O sistema de armazenamento em nuvem expandiu a capacidade de espionagem, gerando controvérsias sobre o uso de tecnologia em conflitos.
Vigilância em massa de palestinos por Israel conta com apoio da Microsoft, conforme investigação do The Guardian, Local Call e Revista +972.
A Unidade 8200 do Exército israelense possui um acordo desde 2022 para armazenar dados de vigilância em servidores da Microsoft. O objetivo é registrar até um milhão de chamadas por hora.
O acordo foi firmado após um encontro entre Satya Nadella e Yossi Sariel em 2021. Apesar das alegações da Microsoft sobre desconhecimento, documentos vazados indicam uso extensivo do Azure para armazenar comunicações entre palestinos.
A plataforma facilitou operações militares, como ataques aéreos em Gaza, resultando em mais de 60 mil mortos, a maioria civis. As chamadas telefônicas gravadas contribuíram para identificar alvos.
A Microsoft alegou priorizar segurança cibernética, sem conhecimento da vigilância. No entanto, a pressão interna por laços com Israel aumentou após revelações sobre o uso da tecnologia.
Yossi Sariel buscou expandir a vigilância após ataques em 2015, priorizando uma abordagem de vigilância em massa. Críticos apontam que isso falhou em evitar os ataques do Hamas em outubro de 2023.
Após as críticas, Sariel renunciou, assumindo responsabilidade pelos fracassos operacionais e de inteligência.