Israel usou bomba de 230 kg em ataque a cafeteria em Gaza, e especialistas apontam crime de guerra
Uso de bomba americana de 230 kg em ataque a cafeteria em Gaza gera acusações de crime de guerra. Especialistas apontam que o ataque desproporcional ocorreu em meio a um cenário de intensa violência e civis desprotegidos.
Israel ataca cafeteria em Gaza com bomba de 230 kg
Na última segunda-feira, o Exército de Israel bombardeou uma cafeteria lotada na Cidade de Gaza, utilizando uma bomba de fabricação americana de 230 kg. O The Guardian reportou que especialistas afirmam que esse ato, dado o número de civis presentes, pode ser classificado como crime de guerra.
Danos e vítimas
O ataque resultou na morte de entre 24 e 36 pessoas, incluindo o fotojornalista Ismail Abu Hatab e o artista Frans al-Salmi. Testemunhas descreveram uma cena de caos, com corpos e gritos de socorro. Fotografias mostram a devastação, com a cratera causada pela bomba evidenciando sua potência.
Reações e acusações
O porta-voz do Exército israelense afirmou que medidas foram tomadas para proteger civis, mas a Human Rights Watch questiona a legalidade do ataque, considerando-o possivelmente desproporcional e indiscriminado.
De acordo com o direito internacional, ataques que causem perdas civis excessivas são proibidos. Especialistas afirmam que apenas alvos com impacto significativo justficariam tal ação.
Contexto do conflito
A ofensiva de Israel em Gaza se intensificou, com ordens de evacuação e bombardeios forçando milhares a se deslocarem. Desde o início do conflito em 7 de outubro, Israel já matou mais de 56,5 mil palestinos, a maioria civis. A situação humanitária na região se deteriorou drasticamente.