Itália aprova nova edição de decreto que permite 500 mil novos trabalhadores estrangeiros em três anos
Itália aumenta o número de vistos de trabalho para imigrantes, mas enfrenta desafios na implementação do decreto. Apesar da expansão das cotas, a burocracia e ineficiências no processo têm dificultado a efetividade das medidas.
Conselho de Ministros da Itália, liderado pela primeira-ministra Giorgia Meloni, aprovou novo decreto de fluxos migratórios laborais para 2026-2028.
O texto prevê quase 500 mil entradas legais a imigrantes com contratos de trabalho permanentes ou sazonais, um aumento de 50 mil vistos em relação ao período anterior.
A medida busca alinhar os fluxos de entrada com as necessidades do mercado interno e a capacidade de integração dos trabalhadores nas comunidades locais.
Vistos serão distribuídos com base em:
- Estados de origem e suas relações com a Itália
- Setores necessitados: serviços, indústria e agricultura
É necessário um contrato formal com empregador italiano para a autorização de residência.
No entanto, a burocracia afeta a eficácia do decreto. Em 2023, apenas 56% das cotas planejadas resultaram em autorizações iniciais, e somente 7,5% obtiveram autorização de residência.
Trabalhadores que não completam o processo retornam ao país de origem ou permanecem irregulares.
Os motivos do insucesso incluem:
- Falta de sanções a contratantes que não oficializam contratos
- Chantagens de empregadores em relação a contratos de curta duração
Segundo estimativas, há 200 mil trabalhadores imigrantes irregulares na agricultura devido a autorizações vencidas.
Especialistas afirmam que as medidas de Meloni são insuficientes e pedem processos mais ágeis. As empresas italianas devem necessitar de 640 mil imigrantes até 2028, acima dos 500 mil previstos na lei.
O ministro do Interior, Matteo Piantedosi, afirmou que o governo se compromete a permitir canais legais de entrada para beneficiar setores importantes da economia.