Itália tem recorde negativo de natalidade enquanto mais habitantes deixam o país
A Itália enfrenta uma crise demográfica alarmante, com o menor número de nascimentos já registrado e um saldo natural negativo. A emigração crescente e a baixa taxa de fecundidade representam desafios significativos para o futuro populacional do país.
Queda na Natalidade na Itália
A Itália registrou uma nova queda na natalidade em 2024, com apenas 370 mil nascimentos, o menor número da história, segundo a Agenzia Nazionale Stampa Associata (Ansa).
Isso representa uma diminuição de 2,6% em relação a 2023, que já havia sido um ano de recorde negativo.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (Istat). A taxa de fecundidade caiu para 1,18 filho por mulher, superando o mínimo histórico de 1,19 registrado em 1995.
Em 1995, a Itália teve 526 mil nascimentos, 29,66% a mais que o número atual.
Em 2023, o saldo natural foi de -281 mil pessoas, considerando 651 mil óbitos. A saída de cidadãos italianos aumentou, com 191 mil emigrantes em 2024, um crescimento de 20,5%.
Somente para cidadãos italianos, a saída foi de 156 mil, um aumento de 36,5%.
A população imigrante era de 5,422 milhões, com um aumento de 169 mil (+3,2%) em um ano. Atualmente, 9,2% da população na Itália são estrangeiros.
A concessão de cidadania para estrangeiros chegou a 217 mil, um novo recorde.
Enquanto isso, a população italiana encolheu em 206 mil pessoas, uma queda de 3,8%. A população atual é de 53,512 milhões de italianos.
O Istat projeta uma possível perda de 11,5 milhões de habitantes até 2070, resultando em uma redução de 20% da população em menos de 50 anos.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias