Itália vê alta recorde de entrada de imigrantes e saída de jovens formados
A imigração na Itália atinge recordes em meio a uma crescente emigração de italianos. O fenômeno, impulsionado por crises internacionais e políticas de vistos, afeta a dinâmica do mercado de trabalho e a demografia do país.
Nos últimos dois anos, a Itália observou um aumento recorde de migração:
- 760 mil estrangeiros se registraram como residentes, alta de 31% em relação ao biênio anterior.
- Saída de italianos para o exterior cresceu 39%, totalizando 270 mil.
Fatores interligados: O mercado de trabalho e a crise demográfica são centrais na dinâmica migratória.
Principais origens de imigrantes:
- Ucrânia: média anual de 29 mil novos residentes.
- Africanos: aumento de 43%, com foco em Tunísia, Marrocos e Egito.
- Asiáticos: Bangladesh, Paquistão e Índia como fontes importantes.
Desembarques irregulares cresceram, superando 150 mil em 2023, mas houve uma queda de 57% em 2024.
Política de imigração:
- A primeira-ministra Giorgia Meloni aumentou as cotas de vistos para trabalhadores não europeus.
- No triênio 2023-2025, 452 mil vistos foram liberados e mais 500 mil foram anunciados.
Os imigrantes são vistos como essenciais para preencher vagas em setores carentes de mão de obra, enquanto a emigração de jovens qualificados cresceu. Nos últimos cinco anos, 192 mil jovens de 25 a 34 anos deixaram a Itália.
Situação demográfica:
- Crise de natalidade: menos nascimentos a cada ano.
- A imigração é considerada uma solução rápida para mitigar a queda populacional, especialmente entre a força de trabalho.
Relativa ao crescimento da população, o saldo de jovens estrangeiros na Itália foi positivo em 348 mil nos últimos anos.
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