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Itamaraty chama de injustificável e equivocada decisão dos EUA de taxar o aço e ameaça ir à OMC

Governo brasileiro critica tarifas de Trump sobre aço e alumínio como medidas injustificáveis. Em resposta, o Brasil planeja defender seus interesses comerciais junto à Organização Mundial do Comércio.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil reagiu à decisão do governo Donald Trump de aplicar tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio. Em comunicado, o Itamaraty as classificou como "injustificáveis e equivocadas".

O governo brasileiro buscará, em coordenação com o setor privado, defender os interesses dos produtores nacionais, inclusive na Organização Mundial do Comércio (OMC).

A declaração foi feita após uma reunião entre o vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir uma resposta à medida norte-americana.

O MRE destacou que a taxação afetará significativamente as exportações brasileiras de aço e alumínio, que, em 2024, totalizaram US$ 3,2 bilhões. O comunicado expressa lamento pela decisão do governo dos EUA, que cancelou quotas de importação desses produtos.

O governo brasileiro afirma que as medidas contrariam o histórico de cooperação econômica entre Brasil e EUA, onde os EUA apresentam um superávit comercial significativo com o Brasil, estimado em US$ 7 bilhões em bens.

O Itamaraty ressaltou a relação de complementaridade entre as indústrias dos dois países, com o Brasil sendo o terceiro maior importador de carvão siderúrgico dos EUA e maior exportador de aço semi-acabado para o país.

O governo brasileiro enfatizou que buscará defender os interesses dos produtores de aço, com reuniões planejadas para avaliar ações a serem tomadas, incluindo a possibilidade de recorrer à OMC.

Alckmin, em entrevista, reforçou a defesa do multilateralismo e a importância da OMC para estabelecer regras justas para o comércio global.

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