Itamaraty diz que vazamento de ação contra Paraguai é “lamentável”
Embaixadora Gisela Padovan lamenta vazamento sobre suposto ataque hacker brasileiro e reafirma que investigações internas estão em curso. O Itamaraty trabalha com o Paraguai para preservar relações históricas, enquanto o governo nega envolvimento na operação de espionagem.
Embaixadora Gisela Padovan, do Itamaraty, lamenta vazamento sobre suposto ataque hacker do Brasil contra autoridades do Paraguai. Declarou que informações devem ser tratadas internamente e não publicadas.
A operação, iniciada durante o governo de Jair Bolsonaro, foi interrompida no início do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Ela afirmou: “não nos passaria pela cabeça espionar um país amigo” e destacou que o Itamaraty busca manter a boa relação com o Paraguai.
Na segunda-feira (31.mar.2025), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, discutiu o caso com o chanceler paraguaio. O Paraguai negou ter provas do ataque, mas suspendeu negociações sobre o Anexo C da Itaipu Binacional até explicações do Brasil.
Segundo informações, a Abin teria espionado computadores do governo paraguaio para obter dados sobre tarifas de energia. O governo Lula negou qualquer envolvimento no ataque, alegando que a operação foi autorizada e encerrada pela administração anterior.
Em maio, Brasil e Paraguai chegaram a um acordo sobre as tarifas de Itaipu, mantendo custos para os consumidores brasileiros. O Brasil fixou a tarifa em US$ 19,28 até 2026, evitando aumento para os consumidores.