Itaú Asset reforça estratégia em FIDC na disputa por investidores qualificados
Itaú Asset lança fundo FIDC voltado para investidores qualificados, oferecendo vantagens fiscais e seekando diversificação no cenário de altas taxas de juros. O produto visa potencializar a proteção e a atratividade de investimentos em renda fixa, em meio a um mercado de crédito privado em expansão.
A Itaú Asset Management está aumentando o foco em produtos securitizados para diversificação em meio ao aumento das taxas de juros no Brasil.
A gestora, com R$ 460 bilhões em crédito privado sob gestão, está lançando um novo Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) voltado para investidores qualificados, que possui vantagens fiscais. Este é o primeiro da instituição destinado a indivíduos com mais de R$ 1 milhão em investimentos.
Fayga Delbem, responsável por crédito privado, destaca que os FIDCs oferecem proteção aos investidores com boa relação risco-retorno.
Os FIDCs são exclusivos do Brasil e investem em pacotes de crédito, apresentando cotas com diferentes riscos. Eles ganharam popularidade em 2023 após mudanças regulatórias que permitiram a venda para investidores de varejo. Em 2024, o setor teve R$ 120,9 bilhões em entradas líquidas.
O novo FIDC tem imposto de 15% apenas no saque, contra o pagamento semestral típico de outros fundos, que varia de 15% a 20%.
Em meio à volatilidade global, investidores estão interessados em produtos que garantem segurança, como FIDCs, proporcionando menos volatilidade e retornos mais altos. Apesar disso, o crédito sem garantia apresenta preocupações devido ao aumento das taxas de juros.
Alexandre Coutinho, da Pátria Investimentos, ressalta que a securitização melhora a resiliência do portfólio de crédito. A Itaú Asset possui uma equipe dedicada de crédito e em 2022 captou R$ 130 bilhões para fundos de crédito privado.
Além disso, o mercado secundário de crédito privado evoluiu, passando de R$ 5 bilhões para R$ 40 bilhões mensais nos últimos cinco anos, refletindo o crescimento e a importância do crédito privado no portfólio de investidores.