Itaú BBA vê alta demanda por títulos de dívida apesar dos juros
Mesmo com altas taxas de juros, o Itaú BBA registra crescimento na demanda por serviços de mercado de capitais e projeta continuidade nessa força em 2025. O setor de agronegócio se destaca entre os segmentos em expansão, com um aumento superior a 20%.
Demanda por serviços de mercado de capitais no Brasil se mantém firme, mesmo com taxas de juros em 14,75%, segundo o Itaú BBA.
O portfólio do Itaú BBA cresceu 15%, alcançando quase R$ 600 bilhões, impulsionado principalmente pelo agronegócio, que teve crescimento superior a 20%.
Embora as empresas estejam enfrentando condições de financiamento difíceis, o CEO Flavio Souza expressou otimismo para 2025, prevendo um bom ano no mercado de dívida.
As emissões de debêntures atingiram volumes recordes, com o setor levantando mais de R$ 152 bilhões nos primeiros três meses de 2025 — um recorde desde 2012.
Por outro lado, o Banco do Brasil mencionou aumento na inadimplência de empréstimos agrícolas, fazendo suas projeções para 2025 serem revisadas. A carteira de crédito do Itaú Unibanco foi de R$ 1,38 trilhão.
O crescimento das empresas no mercado de capitais depende das decisões do Banco Central e se os juros começam a cair. Alguns investidores já discutem essa possibilidade.
Souza destacou que os prazos de vencimento das notas locais são mais longos e que muitos recursos estão sendo destinados a projetos de infraestrutura.
Adicionalmente, a agenda tarifária dos EUA é vista como positiva para o Brasil, com oportunidades potenciais surgindo. O Itaú planeja investir R$ 1 trilhão em projetos até 2030, visando impacto positivo.
Souza mencionou que eventos relacionados à agenda ESG acontecerão em São Paulo ao longo do ano, focando em soluções e oportunidades de negócios.