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Itaú: Dólar deve seguir mais fraco globalmente, mas tarifas travam melhora do real

Itaú mantém projeções econômicas, mas alerta para impacto negativo de tarifas americanas sobre o Brasil. Expectativas para a taxa de câmbio e crescimento do PIB são revisadas em meio a incertezas globais e locais.

Itaú revisa cenários macroeconômicos para o Brasil, mantendo perspectivas para os principais indicadores.

Após o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros, há uma piora no sentimento econômico.

Mario Mesquita, economista-chefe do banco, observa que a política fiscal expansionista dos EUA tem reduzido a diferença entre o crescimento da economia americana e o resto do mundo, resultando em um enfraquecimento do dólar.

No primeiro semestre, o dólar caiu 12% em relação ao real, que se valorizou devido a um ambiente externo benigno.

Contudo, a nova tarifa de 50% pode gerar impactos negativos:

  • Estimativa de tarifa efetiva em 40%.
  • Possível redução de US$ 16 bilhões nas exportações para os EUA.

Acompanham-se forças opostas no mercado:

  • Projeção da taxa de câmbio: R$ 5,65 para 2025 e 2026.
  • Crescimento do PIB: 2,2% para 2025 e 1,5% para 2026.

O dólar americano segue em queda devido a fatores estruturais e conjunturais, como um alto déficit em conta corrente, que chega a 6%.

Para o Brasil, o balanço de riscos foi revisado de neutro para baixista em 2025, com viés altista para 2026.

Estimativas para a taxa de desemprego se mantêm em 6,4% para 2025 e 6,9% para 2026. Projeção do IPCA foi ajustada de 5,3% para 5,2%.

O Copom encerra ciclo de alta na taxa Selic em 15,00%, com expectativa de cortes apenas no 1º trimestre de 2024, com Selic em 12,75% até o final de 2026.

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