IVA na reforma tributária: qual a proposta desse imposto no Brasil e como será sua implantação?
A nova reforma tributária introduz o Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), que promete unificar a tributação sobre o consumo no Brasil. Apesar de uma alíquota elevada, a mudança busca simplificar o sistema e evitar a cobrança em cascata.
Reforma Tributária: Promulgação abre caminho para o novo modelo de tributação, o Imposto sobre Valor Adicionado (IVA).
O IVA incidirá apenas sobre o valor adicionado em cada etapa da produção e comercialização. É um imposto não cumulativo, permitindo a recuperação do imposto pago anteriormente.
A reforma substitui cinco tributos atuais — IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS — por dois novos: Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
A unificação visa simplificar o sistema e eliminar a cobrança de impostos em cascata. A alíquota do novo imposto ainda está em debate, mas pode chegar a até 28,55%, superando a Hungria.
A arrecadação do IVA precisará ser equivalente à dos tributos que substitui, garantindo a neutralidade e evitando aumento da carga tributária total.
Modelo Dual: O IVA brasileiro será implementado em um modelo dual, com dois tributos distintos. A transição começa em 2026 e a adoção plena está prevista para 2033.
Alíquotas iniciais serão de 0,9% para a CBS e 0,1% para o IBS. Espera-se que a CBS entre em vigor em 2027, enquanto o IBS terá a transição começando em 2029.
A proposta busca respeitar o pacto federativo e terminar com a guerra fiscal entre estados e municípios, garantindo que a arrecadação ocorra no local de consumo.
A alíquota final ainda é incerta, sujeita a pressões por exceções e regimes diferenciados. O split payment pode influenciar a arrecadação e possibilitar a queda da alíquota.
Especialistas afirmam que, apesar das dificuldades, a reforma é um passo importante para um sistema tributário mais simples e eficiente, melhorando o ambiente de negócios no Brasil.