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J.D. Vance desembarca em base americana na Groenlândia e diz querer discutir segurança do Ártico

Vice-presidente dos EUA destaca a importância da segurança no Ártico durante visita à base espacial em Groenlândia. A mudança na agenda ocorre em meio a tensões políticas e preocupações sobre a influência americana no território.

NUUK, GROENLÂNDIA - O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, chegou à base espacial de Pituffik na tarde de sexta-feira, 28, amid preocupações sobre a possível anexação do território pela Washington.

Após desembarcar, Vance e a segunda-dama, Usha Vance, participaram de um almoço com oficiais americanos. Ele afirmou estar “realmente interessado na segurança do Ártico”, ressaltando que a questão só deve crescer nas próximas décadas.

O vice-presidente também planeja se encontrar com oficiais militares e discursar para tropas na Groenlândia. A delegação inclui o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, e o secretário de Energia, Chris Wright.

A visita é restrita à base da Força Espacial dos EUA em Pituffik, que opera radares e sensores para detectar mísseis balísticos. Aproximadamente 150 membros das Forças Armadas dos EUA estão permanentemente em Pituffik, encarregados de defesa e vigilância espacial.

A segunda-dama Usha Vance inicialmente teria atividades culturais programadas, mas o vice-presidente se juntou a ela após críticas da primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, sobre a pressão do governo Trump na Groenlândia.

Autoridades groenlandesas enfatizaram que Usha e seu partido não foram convidados oficialmente. O primeiro-ministro, Mute Egede, acusou os EUA de “interferência estrangeira”, afirmando que a visita não pode ser vista como inofensiva.

A mudança de planos da viagem, focada na base espacial, parece uma tentativa de reduzir a revolta popular na Groenlândia, onde o sentimento anti-Trump está crescendo. Protestos estavam previstos quando os Vance chegaram, especialmente em Nuuk e na corrida de trenós em Sisimiut, que não convidou a delegação.

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