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J&F e Paper oficializam fim da guerra pela Eldorado por US$ 2,6 bilhões

J&F e Paper Excellence formalizam o fim da disputa pela Eldorado Celulose em transação de US$ 2,64 bilhões. O acordo encerra processos judiciais e arbitrais, permitindo um novo capítulo para a companhia e suas operações.

Encerramento da Disputa pela Eldorado Celulose

Na tarde de quinta-feira (15), J&F, da família Batista, e Paper Excellence, de Jackson Wijaya, anunciaram o fim da disputa pela Eldorado Celulose.

A J&F recomprou a companhia por US$ 2,640 bilhões, pagamento à vista. A assinatura dos documentos ocorreu no banco BTG, com representantes das duas empresas em salas separadas.

Foram necessárias seis horas para assinar a extensa documentação. O banco BTG atuou na transação desde 2017 e, após se afastar durante o litígio, voltou a auxiliar nas negociações.

O banqueiro André Esteves teve papel importante, dado seu bom relacionamento com ambas as partes.

Especialistas afirmam que a transação corresponde a um múltiplo de dez vezes o Ebitda da Eldorado, evidenciando a relevância financeira da operação.

O comunicado destaca que a transação atende a interesses de ambas as partes, encerrando todos os processos judiciais e arbitrais em andamento. A J&F reafirma sua confiança no Brasil e na Eldorado, enquanto a Paper Excellence continuará a buscar oportunidades no setor.

A Eldorado, fundada em 2010 pela J&F, é produtora de celulose com sede em São Paulo e fábrica em Três Lagoas (MS). O terminal próprio em Santos e escritórios internacionais reafirmam sua presença no mercado global.

  • A venda da Eldorado foi originalmente fechada em setembro de 2017, por R$ 15 bilhões.
  • Jackson Wijaya adquiriu 49,41% da empresa, pagando R$ 3,9 bilhões (cerca de US$ 1,24 bilhão na época).
  • A disputa se intensificou devido a desacordos sobre a transferência de ações restantes.
  • A morosidade do litígio impactou negativamente o investimento na Eldorado, permitindo que concorrentes como Suzano avancem.

Em 2024, a Eldorado vendeu 1,8 milhão de toneladas de celulose, com receita líquida de R$ 6,4 bilhões, um aumento de 10,7% em relação a 2023, e lucros brutos de R$ 3,6 bilhões.

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