J.P. Morgan diz que investidores não veem necessidade em tokenização
Investidores institucionais hesitam em adotar a tokenização de ativos, frente a regulamentações complexas e falta de confiança nas soluções em blockchain. Embora houvesse expectativa de transformação no setor financeiro, a realidade ainda demonstra uma adesão limitada e superficial.
Ainda sem grande adesão: Apesar de bilhões investidos em blockchain, ativos tradicionais não atraem grandes investidores institucionais.
O mercado de ativos tokenizados é pequeno, com apenas US$ 25 bilhões, segundo o J.P. Morgan. A maior parte é impulsionada por empresas cripto, não por tradicionais de Wall Street.
O relatório do JPMorgan, liderado por Nikolaos Panigirtzoglou, aponta que a base de ativos tokenizados é “bastante insignificante”. Os desafios incluem:
- Regulamentação transfronteiriça fragmentada.
- Incertezas legais.
- Confiança limitada em contratos inteligentes.
A tokenização visa criar representações em blockchain de ativos físicos, com promessas de maior rapidez e transparência. No entanto, essa visão ainda é teórica.
Algumas iniciativas estão em andamento, como:
- A Fidelity com ações "on-chain" de seus fundos.
- VanEck lançou o fundo tokenizado VBILL.
- A BlackRock atingiu US$ 2,9 bilhões em ativos, mas viu queda para US$ 2,3 bilhões.
A SEC dos EUA também investiga como implementar liquidação em blockchain com seu “Project Crypto”. No entanto, a adoção real permanece limitada.
A atividade no mercado secundário de títulos tokenizados é mínima. O crédito privado tokenizado de US$ 15 bilhões está concentrado em poucos participantes.
Defensores acreditam na adoção lenta e inevitável, mas o sistema financeiro atual continua eficiente, reduzindo a necessidade de mudanças.
O JPMorgan conclui que a eficácia das regulações cria dúvidas para investidores institucionais, cujo interesse em cripto ainda se concentra no bitcoin (BTC).