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Já sentimos 20% do impacto das tarifas, mas maior parcela virá no 2º semestre, diz Embraer

Embraer enfrenta desafios financeiros devido a tarifas de exportação aos EUA, estimando US$ 65 milhões em impactos neste ano. A empresa mantém sua projeção para 2025, apesar da inflação e desvalorização cambial, e busca negociar a remoção de tarifas adicionais.

Embraer estima impacto de US$ 65 milhões com tarifas de exportação para os Estados Unidos em 2023.

Desses, cerca de 20% já foram sentidos no balanço, relatou o presidente-executivo Francisco Gomes Neto.

O impacto diz respeito a tarifas de componentes aeronáuticos. A empresa ainda não observou aumento de custos por parte dos fornecedores e a linha de aviação comercial não foi afetada até o momento, mas impactos são esperados para o semestre atual.

A Embraer manteve sua projeção de resultados para 2025, apesar da inflação maior no Brasil e da desvalorização cambial.

  • Projeção de receita líquida: entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões
  • Entregas de jatos: 145 a 155 na aviação executiva e 77 a 85 na aviação comercial
  • Marge Ebit esperada: entre 7,5% e 8,3%

Gomes Neto expressou satisfação com a exclusão das aeronaves das novas tarifas que começam a valer amanhã (6). Contudo, a empresa busca a remoção da tarifa de 10% já aplicada.

A empresa estima gerar superávit comercial de US$ 5 bilhões com os EUA nos próximos cinco anos, devido à diferença entre compras e exportações. “É um caso econômico muito robusto”, destacou o presidente.

A fabricante tem negociado com o governo brasileiro e o governo americano, além de contar com o apoio de companhias aéreas dos EUA.

A tarifa atual de 10% não deve levar a cortes de produção ou demissões, diferentemente do previsto para tarifas de 50%, que poderiam causar queda de 30% na receita e cortes de 20% no quadro de funcionários.

Gomes Neto se esquivou de comentar sobre a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, enfatizando foco em dados controláveis.

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