Janja: de Musk a Xi Jinping, por que primeira-dama acumula polêmicas?

Primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, protagoniza polêmicas em eventos internacionais, como xingar Elon Musk e questionar Xi Jinping sobre o TikTok, provocando reações divergentes na plateia.

Durante sua gestão, Janja se destaca por expressar opiniões sobre assuntos sensíveis, gerando críticas de analistas políticos e opositores, que se questionam sobre sua influência no governo brasileiro.

As especialistas apontam que a ausência de um cargo formal para a primeira-dama contribui para a ambiguidade e as críticas direcionadas a ela. Algumas das críticas são atribuídas a um viés de machismo e misoginia que mulheres na política enfrentam.

Biografia: Janja, cientista social, é a terceira esposa de Lula e se casou com ele em 2022. Ela esteve presente em sua campanha presidencial, e sua atuação como primeira-dama foi marcada por polêmicas, incluindo alegações sobre móveis desaparecidos do Palácio da Alvorada, levando a condenação por danos morais.

Sua presença em debates políticos tem causado preocupações quanto à sua atuação, com algumas especialistas pedindo a formalização de sua função para evitar a ambiguidade e a pressão da opinião pública.

Críticos, como Luciana Santana, reconhecem que o estilo proativo de Janja provoca resistência num cenário político polarizado e que suas intervenções, como as dirigidas a Musk e Jinping, podem ser vistas como excessos. Lula a defende, argumentando que Janja possui conhecimento técnico e deve ter voz.

Os impactos de sua posição geram debate: enquanto uma atuação ativa pode catalisar pautas sociais, há o risco de criar tensões dentro do governo. Desta forma, Janja, como mulher em um cargo de visibilidade, torna-se alvo fácil de críticas.

O contexto político atual evidencia a vulnerabilidade das mulheres em posições de liderança, onde críticas a Janja podem refletir um padrão mais amplo de misoginia na política.