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Japão cresce 1% no 2º tri apesar de tarifas dos EUA

Crescimento japonês supera expectativas, destacando-se impulsionado por exportações e investimentos. A resistência do setor pode influenciar decisões futuras do Banco do Japão sobre juros, apesar das tarifas americanas.

Economia do Japão cresce 1,0% no 2º trimestre de 2025, superando as previsões de 0,4%, impulsionada por exportações resilientes e incremento nos investimentos, apesar das tarifas dos EUA.

O resultado, divulgado em 15 de agosto, sugere que o Banco do Japão pode elevar os juros ainda este ano.

Após a imposição de tarifas de 25% sobre carros e autopeças, um acordo em julho reduziu esse valor para 15%, em troca de investimentos japoneses de US$ 550 bilhões nos EUA.

Fatores adicionais que sustentaram o crescimento incluem:

  • Despesas de capital: +1,3% (previsto 0,5%)
  • Consumo privado: +0,2% (previsto 0,1%)
  • Contribuição do setor externo: exportações - importações adicionaram 0,3 ponto percentual ao PIB.

Ryosei Akazawa, negociador comercial, enfatizou que, apesar das perspectivas de melhora no mercado de trabalho, as políticas comerciais dos EUA representam um risco.

Economistas alertam que parte do crescimento pode ser temporário, decorrente de demanda antecipada e cortes de preços. O risco de desaceleração nas exportações permanece, especialmente quando custos forem repassados ao consumidor americano.

Recentemente, em 8 de agosto, Akazawa solicitou aos EUA que a taxa de 15% não fosse aplicada cumulativamente a produtos com tarifas já elevadas.

O Japão é um dos 8 principais parceiros comerciais dos EUA, e a taxa de 15% é considerada relativamente baixa em comparação com tarifas impostas a outros países, como 50% para produtos brasileiros.

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