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Japão diz que estoque de Treasuries está entre ferramentas em negociações com os EUA

Ministro das Finanças do Japão sugere que as vastas reservas em Treasuries podem ser utilizadas como pressão nas negociações comerciais com os EUA. A estratégia visa garantir liquidez e influenciar os termos das tarifas impostas por Trump.

Japão pode usar US$ 1 trilhão em Treasuries como estratégia em negociações comerciais com os EUA, afirma o ministro das Finanças, Katsunobu Kato.

Esta é a primeira vez que o Japão aborda sua influência como grande credor da maior economia do mundo.

Kato não ameaçou vender as participações, mas levantou preocupações sobre o que Japão e China, juntos os maiores proprietários de Treasuries, podem fazer para obter concessões do governo Trump.

Recentemente, o mercado de Treasuries sofreu uma liquidação após a imposição de tarifas pelo presidente Trump a aliados como o Japão.

Kato ressaltou que o objetivo principal das participações nos Treasuries é garantir liquidez para intervenção no iene, mas afirmou que essa questão pode ser uma “carta na mesa” nas negociações.

A presença do Japão e da China nos Treasuries é relevante, principalmente com a alta dos rendimentos dos EUA, embora o Japão seja visto como menos propenso a usar seus títulos como arma. Algumas análises indicam que a China poderia considerar essa ação em meio a tensões comerciais.

Apesar disso, os Treasuries estrangeiros aumentaram 3,4% em fevereiro, com Japão e China elevando suas posições. O Japão precisa de um posicionamento estratégico nas negociações devido à sua dependência do mercado consumidor dos EUA.

O negociador comercial do Japão, Ryosei Akazawa, destacou que conversas sobre comércio e segurança econômica estão avançando. A próxima reunião está prevista para meados de maio.

A liquidação de Treasuries foi um fator que levou Trump a pausar seu plano tarifário. Além das tarifas, o Japão enfrenta críticas de Trump sobre a suposta manipulação do iene, que Tóquio nega.

Kato não discutiu taxas de câmbio ou estruturas monetárias na reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.

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