Jardim Guedala vira reduto de luxo enquanto imóveis no Morumbi se desvalorizam; entenda motivos
O Jardim Guedala se destaca como um novo polo de luxo no Morumbi, atraindo a elite paulistana em busca de exclusividade e melhor mobilidade urbana. Com lançamentos de alto padrão e preços que refletem a valorização da região, a área se consolida como uma alternativa ao tradicional Morumbi.
Morar no Morumbi perdeu status e elite paulistana busca novos bairros como Itaim Bibi e Cidade Jardim. Um reduto de luxo surge no Morumbi: o Jardim Guedala, onde os preços são mais altos por estar perto da Faria Lima.
De acordo com a consultoria Binswanger, o Jardim Guedala teve seis lançamentos de apartamentos nos últimos 10 anos. Desses, três são de alto padrão, com preço médio de R$ 28 mil o metro quadrado. No Morumbi, o preço médio é de R$ 23,2 mil.
O professor Valter Caldana comenta que o Jardim Guedala é atraente devido à sua mobilidade e infraestrutura. O Morumbi enfrenta problemas de trânsito, afastando os moradores para bairros mais acessíveis.
A Meta Incorporadora é a principal atuante no Jardim Guedala, com um VGV superior a R$ 1 bilhão. Seus projetos incluem:
- Casa Arbo: 10 andares, apartamentos de 400 m², VGV de R$ 90 milhões.
- The Club: 42 andares, área de lazer com 30 itens, VGV de R$ 600 milhões.
Um terceiro projeto, sem nome definido, terá 38 andares e metros quadrados a R$ 25 mil, com VGV de R$ 650 milhões.
A Cyrela também se destaca na área com o “Vista Cyrela Furnished by Armani/Casa”. O preço médio do metro quadrado é de R$ 33 mil e o VGV totaliza R$ 700 milhões.
Na plataforma Zap, existem mais de 8 mil apartamentos à venda no Morumbi, com 918 acima de R$ 2 milhões. No Jardim Guedala, são cerca de 370 anúncios na mesma faixa.
O trânsito, os altos preços dos condomínios e a segurança são fatores que afetam a desvalorização de imóveis na região. O Jardim Guedala ainda oferece uma sensação de segurança que atrai moradores que buscam deixar casas de rua.
A migração para apartamentos é impulsionada pelo envelhecimento da população e desejo de maior segurança, segundo especialistas.